segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Olá amados,

Paz e Graça em Cristo Jesus!

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Abraços.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Graça e Paz em Cristo Jesus, Senhor e Salvador de todo o que nÊle crê!

Ter, parecer, e ser – eis a questão!

Vivemos em uma época em que o “ter” e o “parecer” valem muito mais do que o “ser”. Por exemplo: ter muito dinheiro e fazer parecer que por isto se é feliz, é realidade na vida de muitas pessoas; ter pouco dinheiro e se fazer parecer feliz também.  
Ter um casamento infeliz, destruído e fazer parecer que tudo está bem, chega a ser moda nos dias de hoje; ter absolutamente nada e ainda assim viver uma vida de ostentação querendo parecer rico, também.

Ter a vida pessoal, social ou profissional, conturbada, fracassada, vivendo só de mentiras, e fazer parecer que vai tudo bem, é quase o ápice da hipocrisia, só perde mesmo para todos os que, além de toda uma vida de aparências, ainda decidem conceber seu próprio ‘deus’ segundo sua própria imagem e semelhança, e agarrados ao seu ‘deus fantoche’ simulam uma vida de religiosidade e retidão, mas no fundo estão completamente perdidos vivendo de aparências. Por que fazem assim? Porque acreditam que precisam “ter” algo a mais, ou pelo menos “parecer” que têm para se sentirem aceitos pelos demais. Vivem como que em uma linda fábula, porém sem aquele maravilhoso final feliz com o ensinamento moral de caráter instrutivo, tão comuns às fábulas.

Evidentemente não sou contra a riqueza, sucesso, empreendedorismo etc. Certamente há pessoas que vivem um casamento feliz, que estão de bem com a vida, que mantém sua família unida, tem sucesso financeiro, boas amizades e tudo o mais que for necessário para uma vida tranquila. Estes são os que de fato, do ponto de vista material, puramente humano, têm ou possuem algo a mais que em certa medida os faz sentir mais felizes.

Entretanto, há algo que aproxima o grupo dos que vivem de aparências, e os que vivem felizes por possuírem muitos bens e bons valores humanos, a saber, o vazio que permanece no íntimo de cada um.

Podemos encontrar integrantes desses dois grupos em vários lugares, inclusive dentro das igrejas cristãs. Geralmente são pessoas que congregam por questões de tradição, ou para não desagradar os pais, ou porque simplesmente gostam da música, e da boa companhia.

A grande verdade é que tanto uns quanto os outros, sofrem por saberem que no derradeiro dia, nem seus bens, ou vida de aparência terá importância alguma, pois a vida é curta e por não terem certeza de para onde sua alma irá após a morte, tremem só de pensar no assunto.

Ter” e “Parecer”, duas palavras simples que em algum momento da história fazem parte da vida de todos nós.
O que você tem, ou parece ter? O que você é, ou parece ser?


Faço minhas as palavras de Lutero quando acertadamente disse: “Nada vale para a alma se o corpo se cobre de vestes sagradas, como fazem os sacerdotes e outros religiosos. Nem tampouco se permanece em igrejas e outros lugares santificados. Nem se ocupa somente de coisas sagradas, nem se faz orações de boca, jejua, faz peregrinações e pratica tantas boas ações quanto seja possível. Algo completamente diferente há de ser o que concede à alma justiça ou retidão e liberdade: porque tudo o que ficou dito acima, obras e atos piedosos, também o homem mau, fingido e hipócrita pode conhecer e praticar. Aliás, muitos hipócritas o fazem”.
Talvez você que está lendo este texto esteja rindo e dizendo que isto não é bem assim. Ou quem sabe você esteja se identificando com algo e percebendo o quanto sua vida tem sido baseada no ter ou no parecer. Seja como for, o certo é que ter muitos bens, ou parecer que tem, nunca foi garantia nem requisito para verdadeira felicidade do ser humano, e nem para alegria eterna de sua alma. É preciso mais do quer “ter”, ou “parecer”, é necessário “ser” realmente.

Para finalizar minha reflexão sobre o “ter” e o “parecer”, e demonstrar como você pode deixar de apenas “parecer rico”, e passar a “ser” de fato herdeiro de uma riqueza incalculável, cito mais uma vez Martim Lutero: “Nem no céu, nem na terra, existe para a alma outra coisa em que viver e ser justa, livre e cristã, que o Santo Evangelho, a Palavra de Deus, pregada por Cristo como Ele mesmo diz (João 11.25): “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”; e adiante em João 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” E adiante em Mateus 4.4: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”.

Se acaso perguntas: Que Palavra é essa que tão grande Graça concede e como deverei usar de tal Palavra? Eis a resposta: A Palavra não é outra coisa que a pregação de Cristo, segundo está contida no Evangelho; dita pregação há de ser – e o é realmente – de tal maneira que, ao ouvi-la, ouves a Deus falar contigo, dizendo-te que para Ele tua vida inteira e a totalidade de tuas obras nada valem e que te perderás eternamente com tudo quanto há em ti. Se assim crês realmente em tua culpa, perderás a confiança em ti mesmo e reconhecerás quão certa é a sentença do profeta Oséias 13.9: “Ó Israel, em ti só há perdição, mas somente em mim está tua salvação”.

Mas para que te seja possível sair de ti mesmo, isto é, de tua perdição, Deus te apresenta a seu amadíssimo Filho Jesus Cristo e com sua Palavra viva e consoladora te diz: - Entrega-te a Ele com fé inquebrantável e confia nEle plenamente. Por essa fé te serão perdoados todos os pecados, serás salvo de tua perdição, serás justo, sincero, cheio de paz, reto e cumpridor de todos os mandamentos. E sobre tudo serás livre, como São Paulo diz em Rm 1.17: “O justo viverá por fé”, e em Rm 10.4: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”. (LUTERO, Martim. 1520 – Da Liberdade Cristã)

Que Deus nos abençoe infinitamente em Sua bondade e misericórdia, e que com o auxílio do Espírito Santo possamos perseverar na certeza de que só Jesus é a fonte de toda alegria, riqueza, paz e felicidade. Amém!

Rev. Ari Fialho Jr.
Teólogo Luterano
Soli Deo Gloria!