quinta-feira, 25 de abril de 2013

O que é ser Luterano nos dias de hoje?

Para responder a essa pergunta e para entender a igreja luterana é necessário entender a Reforma Luterana. No entanto, existem algumas concepções erradas da Reforma.

Alguns defendem a interpretação heroica de Reforma. Estes veem na Reforma um desses grandes eventos que marcaram época na história mundial. Desse modo, Lutero é considerado o herói, o grande homem, um gênio que fez história. Quem conseguir compreender o grande homem Lutero terá obtido uma compreensão da Reforma Luterana.

Entretanto, Lutero estava totalmente convencido de que a sua pessoa poderia ser desconsiderada. Sua prontidão para o martírio expõe isso. Lutero foi um gênio, mas a Reforma Luterana não pode ser ligada à grande personalidade do reformador.

Até mesmo o uso do termo “luterano”, que surgiu como uma designação para os seguidores de Lutero, foi criticado pelo próprio reformador. Portanto, é errado concluir que a igreja luterana realiza um tipo de culto ao herói Lutero. Isso seria totalmente contrário aos ensinos de Lutero.

Há outras pessoas que defendem a interpretação Histórico-Cultural da Reforma. Estes ligam a Reforma com o iluminismo.

É uma visão segundo a qual a Reforma deve ser entendida como um evento na história da civilização mundial – uma reviravolta na história da civilização mundial. Esta é a visão própria do homem moderno, que vê na Reforma o nascer de uma nova era na cultura ocidental. Erasmo de Rotterdam, foi um humanista da época de Lutero, ligado ao movimento do iluminismo. Erasmo acreditava na dignidade do homem como uma criatura de Deus. Lutero, pelo contrário, acreditava que o ser humano está totalmente depravado e corrompido pelo pecado.

Portanto, Lutero e Erasmo, a Reforma e o humanismo, são opostos um ao outro. A questão sobre o bem estar eterno da alma era mais importante para a Reforma que a questão sobre o futuro da civilização humana; nessa última a Reforma nunca acreditou nem estava seriamente interessada.
Há ainda outras pessoas que defendem a interpretação Nacionalista da Reforma. Estes sustentam que a Reforma deveria ser interpretada como um evento na história nacional da Alemanha. Nesse sentido a reforma foi o protesto dos alemães contra o sistema do catolicismo romano e seu objetivo era o estabelecimento de uma igreja nacional alemã.

Qualquer um que pensa na Reforma luterana como uma germanização da igreja, como uma translação do cristianismo de Roma para a Alemanha, não a entendeu. Apesar de Lutero amar a Alemanha e o povo alemão, não estava em seus planos a idéia de uma igreja nacional. Todas as idéias clássicas religiosas da cultura alemã foram rejeitadas como heresias. A Reforma luterana não estava tentando estabelecer um cristianismo alemão; ela não estava interessada numa igreja alemã, distinta de uma romana; ela estava interessada em uma, a verdadeira, a única igreja de Cristo.

Mas o que, então, significa ser luterano e o que é a Reforma Luterana? Precisamos compreender a Reforma Luterana como um episódio na História da Igreja Cristã.

 
A Reforma só pode ser entendida do ponto de vista da realidade da igreja. A Reforma foi um evento que realmente marcou época para toda a igreja de Cristo, um evento na história da igreja que teve influência sobre a história total das nações europeias, e naturalmente afetou de modo bem particular a nação na qual teve sua origem, a Alemanha.

A Reforma pode ser entendida como uma renovação da igreja por meio de um retorno às Escrituras Sagradas. Sendo assim, a Reforma é um processo contínuo, porque a Igreja de Cristo sempre precisa retornar às Escrituras Sagradas. A Reforma foi uma renovação da igreja causada pela redescoberta e renovada proclamação da pura doutrina do evangelho do perdão
dos pecados. Mas isso já é assunto para um outro estudo.
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Fontes: O conteúdo deste post é uma adaptação de * O QUE SIGNIFICA SER LUTERANO? Publicado por LEANDRO CLAUDIR em 17 novembro 2011 - do blog Café História: http://cafehistoria.ning.com/group/historia-da-igreja-luterana/forum/topics/o-que-significa-ser-luterano

* Fonte de pesquisa utilizada pelo autor original: Sasse, Hermann. AQUI NOS FIRMAMOS: Natureza e caráter da fé Luterana. Ed. Concórdia.
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pergunta feita por Alan Willian Costa no grupo Luteranos Livres do Braisl - ILL/Facebook, sobre a opinião do Rev. Ari a respeito da doutrina Aliancista Presbiteriana. Posteriormente o assunto focou-se sobre a eficácia no batismo de crianças e de adultos. Acompanhe:

Alan Willian Costa

[Bom dia Rev. Ari]. Eu me defino como um “Presbiluterano” ou “Lutesbiteriano”. Explicando os termos: Gosto muito da doutrina luterana, acredito que seja a que reflete melhor a “mente” de Cristo e o ensino das escrituras, mas na verdade, sou membro de uma igreja presbiteriana.
Fui ensinado sobre a chamada doutrina “aliancista”, que considera a Nova Aliança, confirmada pelo derramamento do sangue de Cristo na cruz, como o cumprimento das promessas feitas a Abraão, de que nele (Abraão) e na sua descendência seriam benditas todas as famílias da terra. A lei que veio 430 anos depois, serviu de “guia” até que o “testador” fosse morto e a Aliança (feita com Abrão e descendência) entrasse em vigor.
“Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.” Gálatas 3:6-9
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito. Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa. Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão.” Gálatas 3:13-18
Toda a explicação que recebi sobre o batismo infantil até hoje estava fundamentada no ensino de que Deus estabelece sua aliança, não apenas com indivíduos, mas com sua posteridade (gerações) e não com base na doutrina do pecado original. Por isso citei o texto de São Paulo que diz que a descendência de pais cristãos, ainda que apenas um deles seja, é santa.
O batismo na visão aliancista inclui o batizado na comunidade da aliança e o coloca debaixo das bênçãos e ameaças da aliança (bênçãos no caso de vida na aliança e ameaças no caso de violação), sendo a principal benção da aliança, a salvação em Cristo. Ou seja, a pessoa é salva pelo batismo, não no sentido de regeneração batismal, mas no sentido de herdeiro das bênçãos da aliança. Explicando de uma maneira bem simplória, o batismo (a circuncisão também) tinham o mesmo significado de um aperto de mão (no caso de um acordo entre amigos), de um selo real (no caso de uma carta de um rei) ou de uma assinatura em um contrato.
Eu creio, como os luteranos que o batismo é mais que mero sinal de uma aliança:
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.” Gálatas 3:27
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5.
Mas também encontro certa coerência bíblica na doutrina aliancista, ensinada pelos calvinistas. Gostaria de ler seus comentários.



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Rev. Ari Fialho Júnior

1.Paz irmão Alan, li sua postagem. Amanhã publico resposta. Deus o abençoe!
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2.Paz de Cristo irmão Alan Willian Costa, peço desculpas por ainda não ter postado a resposta, mas um problema de saúde com meu pai alterou um pouco nossa rotina. Assim que possivel darei continuidade ao nosso diálogo. Permaneça firme na fé verdadeira. Deus o abençoe filho.

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Não se preocupe Rev. Ari Fialho Júnior, cuide bem de seu pai, quando ele estiver melhor a gente volta a conversar. Minha fé é a luterana, acredito no batismo como meio de graça, não como mero sinal. Só gostaria de ouvir seus comentários sobre a doutrina aliancista das igrejas reformadas, mas não tem pressa não. Quanto aos demais membros do grupo, quem quiser dar um "pitaco", fique a vontade.
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 Rev. Ari Fialho Júnior

Obrigado pela compreensão. Tá ai uma boa ideia.
Seria ótimo se outros membros do grupo pudessem opinar sobre sua pergunta.




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Rev. Ari Fialho Júnior

Olá Alan Willian Costa, Paz e Graça em Cristo Jesus!

Dando continuidade ao assunto por você iniciado sobre o Santo Batismo e a Aliança estabelecida por Deus, e já fazendo aqui meu pequeno comentário sobre a Doutrina Aliancista, afirmo que a doutrina l
uterana também ensina sobre a Nova Aliança que temos em Jesus Cristo, não, porém nos mesmos moldes doutrinários do Calvinismo. Essa Aliança havia sido prometida por Deus em textos claros do Antigo Testamento que apontam para a Cruz de Cristo e finalmente foi instituída por Jesus Cristo na ultima Ceia (Mt 26.28; Mc 14.24; 1 Co 11.25).


Entretanto a diferença clássica entre a doutrina luterana e a presbiteriana sobre o tema em questão, aliás, diferença esta que consequentemente se estende também ao Santo Sacramento do Altar é que para a doutrina Luterana os Sacramentos não são somente “sigilla verbi”, mas também que os Sacramentos têm eficácia inerente. Ou seja, assim como a palavra de Deus que não é mero símbolo ou selo e tem eficácia em si mesma sem necessidade de que a possível “fé” do leitor interfira de alguma maneira, assim também se dá em relação ao Batismo e a Santa Ceia.

Como dito anteriormente o batismo é meio da graça onde o perdão dos pecados obtido por Cristo nos é oferecido e concedido, pois somos batizados “para remissão dos pecados” (At 2.38). No batismo os pecados são lavados (At 22.16). No batismo nos revestimos de Cristo e somos revestidos por seus méritos (Gl 3.27), somos santificados e purificados (Ef 5.26).

E quanto aos infantes todos sabemos que a criança tem pecado sim, e disto não temos dúvida, pois o pecado original vem de geração em geração desde os tempos de adão (Sl 51,5;Rm 5,12). Deste modo, podemos dar graças a Deus que o Batismo que não é simples “sigilla verbi” como ensina a Doutrina Aliancista. Na verdade, com sua eficácia inerente, o Batismo cumpre objetivamente sua função quando lava e regenera o infante livrando-o do pecado original e trazendo-o para junto de Deus e da família da fé.


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Alan Willian Costa

Olá Rev. Ari Fialho Júnior como vai? Seu pai está melhor? Espero que sim! Mande notícias dele e mande nosso abraço a ele também. Como você respondeu minha pergunta anterior, acredito que já poemos dar prosseguimento ao nosso assunto (espero que não esteja ficando chato). Uma vez aceito que as crianças são regeneradas mediante o batismo, inclusive recebendo nele a fé salvífica, fica uma dúvida, referente agora ao batismo de adultos. Os adultos, especialmente em campos missionários estabelecidos em países não cristãos, eles normalmente são batizados após a "conversão", ou seja, ouvem a pregação de evangelho, creem e após algum tempo são batizados. Quando são regenerados? Quando ouvem o evangelho e creem ou quando são batizados? Se é quando creem, que faz o batismo nestes? Se é quando são batizados, o que aconteceria se porventura falecessem antes do batismo? Abraços fraternos!

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Rev. Ari Fialho Júnior

Alan Willian Costa, a Paz do Senhor!

Não tem sido fácil, mas meu pai está melhorando a cada dia. Obrigado por perguntar. Darei o abraço nele.

Certamente podemos continuar conversando. Aliás, não só nós, mas cada membro do grupo está convidado a dar sua opinião. O assunto é amplo e com toda a certeza não será esgotado com nosso diálogo, o que de fato nem é nossa pretensão.

Sua pergunta é bem interessante, e destaco esta parte: "Os adultos, especialmente em campos missionários estabelecidos em países não cristãos, eles normalmente são batizados após a "conversão", (...) Quando são regenerados? Quando ouvem o evangelho e creem ou quando são batizados"? (Alan W. C.)

Sabemos que Deus usa meios para alcançar sua Graça Salvadora ao homem, a saber: Palavra e Sacramentos. Em se tratando de adultos o Espírito Santo, fazendo uso da Santa Palavra de Deus opera a conversão e regeneração na seguinte ordem: 1º pela Lei Deus opera no homem o conhecimento do pecado e contrição de coração; 2º Pelo evangelho chama pecadores penitentes a Cristo; 3º Converte-os pela operação de fé em seus corações; 4º Justifica-os através dessa fé; 5º Santifica-os nessa fé; 6º e preserva-os nessa fé para salvação. (Koehler). (o exposto acima está em ordem numérica apenas a titulo de estudo, não indicando um "processo", "passo-a-passo" ou uma ordem especifica de tempo e espaço) (Rev. Ari)
Sabemos que o arrependimento verdadeiro é obra de Deus na vida do penitente, portanto podemos concluir que se há arrependimento é por que houve conversão e certamente houve regeneração, pois embora pareça haver um “passo-a-passo” exposto acima, na verdade quando falamos de salvação e regeneração elas ocorrem juntas.

Resumindo a resposta para sua 1ª pergunta: Os adultos não batizados são regenerados no ato da sua conversão.

2ª Pergunta: Se é quando creem que faz o batismo nestes? (Alan W. C.)

Como resposta a sua segunda pergunta faço minhas as palavras de Koehler: “Em Atos 2.41; 8.26-40; 10.47,48 aprendemos que os adultos primeiro eram instruídos. Por esta razão procedemos da mesma maneira. Estas pessoas não são convertidas ou feitas discípulos pelo batismo. São isso pela fé em Cristo, fé que confessam antes do batismo (Atos 8.37). No caso deles o batismo lhes confirma a graça de Deus, e os fortalece na fé, como faz a Ceia do Senhor". (Koehler – sumário da doutrina Cristã – Ed. Concórdia - Pág. 197)


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Alan Willian Costa

A explicação do batismo de adultos é idêntica à doutrina calvinista dos sacramentos (confirmam e fortalecem a fé, mas não regeneram). A diferença permanece no batismo de infantes, que segundo a doutrina luterana, opera a fé e a regeneração e na calvinista apenas oferece a graça, devendo ser recebida pela fé posteriormente. (a doutrina da salvação de infantes no calvinismo está mais ligada à doutrina da predestinação, que a doutrina do batismo).
Esta explicação entretanto parece divergir de alguns textos que parecem ensinar que os adultos também são regenerados pelo batismo:
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Marcos 16:16
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;” Atos 2:38
“E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.” Atos 22:16
“Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.” Colossenses 2:12
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Romanos 6:4
“E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.” Atos 22:16
“Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,” Efésios 5:26
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, “ Tito 3:5


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Rev. Ari Fialho Júnior


A Paz do Senhor!

A explicação luterana do batismo de adultos até certo ponto pode se parecer com a explicação na doutrina calvinista, mas apenas “parecer”, pois cada explicação surge a partir de doutrinas completamente diferentes. Isto porque sabemos
que o Batismo não conhece idade, permanece com sua eficácia inerente, e age objetivamente em qualquer circunstância. Como ensina o site da Hora Luterana: “Cremos, ensinamos e confessamos que o sacramento do santo Batismo foi ordenado por Jesus como meio da graça pelo qual o Espírito Santo opera a remissão dos pecados, livra da morte e dá a vida eterna a [TODOS] quantos crêem. (...), e aos adultos o Batismo sela o perdão dos pecados. (...) (“Cristo para Todos” – Publicação da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Maio 1994, p. 13)
Sendo assim a aparente diferença entre o batismo infantil e o batismo de adultos na doutrina luterana não está propriamente no batismo em si, visto que como eu disse antes o Sacramento permanece o mesmo, mas na própria situação em questão. Ou seja, de um lado temos um infante indefeso, sem domínio de qualquer tipo de linguajem, que jamais cometeu pecado algum, MAS morto espiritualmente e afastado de Deus por conta do pecado original, de outro temos um adulto capaz, com domínio de diversas formas de comunicação e compreensão, repleto de pecados por todos os lados, e também morto espiritualmente pelo pecado original. No que diz respeito a estarem afastados de Deus ambos estão em situação semelhante perante o Senhor, mas sabendo que Deus utiliza Palavra e Sacramentos para oferecer perdão, e sabendo que o adulto é plenamente capaz de ouvir tais palavras, e segundo a vontade do próprio Deus, vir a crer em Jesus como Senhor e Salvador, porque desprezar a Palavra em relação a conversão/regeneração dos adultos? (o mesmo não se pode pensar em relação aos infantes, vê-se aqui a maravilhosa sabedoria de Deus, e gigantesca demonstração de amor aos seus).

“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Rm 10:13-17)

Quando Koehler trás a seguinte explicação:

“Em Atos 2.41; 8.26-40; 10.47,48 aprendemos que os adultos primeiro eram instruídos. Por esta razão procedemos da mesma maneira. Estas pessoas não são convertidas ou feitas discípulos pelo batismo. São isso pela fé em Cristo, fé que confessam antes do batismo (Atos 8.37). No caso deles o batismo lhes confirma a graça de Deus, e os fortalece na fé, como faz a Ceia do Senhor. (Koehler – sumário da doutrina Cristã – Ed. Concórdia - Pág. 197)”
Ele não está negando ou diminuindo a eficácia e capacidade de regeneração do batismo no adulto. A expressão: “Estas pessoas não são convertidas ou feitas discípulos pelo batismo.” Não implica que para adultos o batismo não é eficaz quanto à regeneração, o propósito de Koehler é demonstrar que em conformidade com a Palavra de Deus os adultos são primeiramente instruídos para então serem batizados.

Com isto podemos concluir que não há qualquer divergência entre a doutrina luterana do batismo de adultos e os versículos da Palavra de Deus que você citou, mesmo porque logo após a instrução dos adultos aplica-se o batismo.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Olá amados
Paz e Graça em Cristo Jesus, o Ressurreto!

Hoje começamos nossa caminhada rumo ao Pentecostes, momento em que a Igreja celebra a descida do Espírito Santo.

...
É bem verdade que este fato ocorreu a mais de dois mil anos atrás, mas lembrar do Dia de Pentecostes é mais do que apenas manter uma tradição viva, é manter viva a certeza de que não estamos sós, de que o Espirito Santo, o Consolador, está conosco e a cada instante intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Durante este período até o Dia de Pentecostes coloquemos em prática os dons que nos foram dados através do Espírito Santo de Deus e oremos para que o Senhor nos mantenha com a chama do Espirito Santo acesa em nossas vidas. Oremos ainda pela Igreja local, pelas missões urbanas, pelas missões da Igreja nos povos em situação crítica. Oremos também pelo renovo no crescimento e expansão da Igreja Cristã nos países do velho mundo. E acima de tudo oremos para que na qualidade de luz do mundo e sal da terra possamos evangelizar não somente com palavras, mas também com exemplo de vida, fé e atitudes.

Que Deus nos abençoe abundantemente nesta caminhada.
 
Jesus quer você!
 
Rev. Ari Fialho Júnior
Teólogo Luterano
Soli Deo Gloria!